12 dezembro 2011

Parábola dos Talentos - A Perda do Dom de Deus - A Perda da Salvação.



A Parábola dos Talentos refere-se a todos aqueles que receberam os dons do Espírito Santo, além da salvação da alma.

Todo aquele que é filho de Deus dá bons frutos por causa do Espírito Santo que nele habita, que não pode ser retido, a não ser que a pessoa retenha, enterrando-O.

A Parábola dos Talentos revela que, mesmo que alguém tenha um dia recebido o dom da vida, o Espírito Santo de Deus, se cometer iniquidade, não manifestando na terra a vida de Deus em si, escondendo o talento em si, poderá, além de perder o dom de Deus, perder a salvação da alma.

Texto do Evangelho de Mateus, capítulo 25: 
"14. Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens. 
15. E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe. 
16. E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos. 
17. Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois. 
18. Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. 
19. E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles. 
20. Então aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles. 
21. E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. 
22. E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles granjeei outros dois talentos. 
23. Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. 
24. Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; 
25. E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. 
26. Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? 
27. Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros. 
28. Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos. 
29. Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado. 
30. Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes. 
31. E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; 
32. E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; 
33. E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. 
34. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; 
35. Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;"

Interpretando:

"14. Porque isto é também como um homem 
que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens. 

Considerando: O homem é o Senhor que, após a ressurreição e tempo de permanência na terra, ascendeu aos céus, subiu aos céus, ao Reino dos Céus, para assentar-se no seu trono de glória, deu dons aos homens, seus servos aqueles que seguem seus passos, seus discípulos. 
Referências da Palavra de Deus: Atos dos Apóstolos 1:3,7,8,9,10,11. 
Efésios 4:8 - "Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, E deu dons aos homens."

"15. E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe."

Considerando: Os talentos são os dons do Espírito Santo para a obra, para a qual foram chamados, vocacionados. 
Diversos são os dons do Espírito Santo conforme lemos em 1 Coríntios, capítulos 12, 13 e 14, entre outros. 
Os dons são dados a cada um segundo a sua capacidade, segundo o chamado, o ministério, o que suporta. Essa capacidade não é a mesma medida conforme homem natural, mas, conforme Deus sabe. 
1 Coríntios 12:7, diz: "Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil."

16. E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos.

Considerando: Significa que deu frutos através dos dons de Deus. Dons geraram dons, pela Palavra de Deus e Poder de Deus as obras são manifestadas, almas são salvas e os dons são multiplicados. 
A expressão "granjear" tem sentido de obter algo com trabalho, conquistar, diferente de "negociar", do versículo 16. 
A expressão "negociar" do versículo 16 dá sentido comercial ao trabalho, troca de favores, o que não é o caso da obra da Igreja do Senhor e seus santos. Igrejas que se dizem evangélicas ou pessoas que fazem dos dons motivo de negócio, suas obras estão condenadas pela Palavra de Deus. Há manifestações malignas que são confundidas com dons e por isso necessário o dom de discernir espíritos.

17. Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois.

Considerando: Significa que deu frutos usando os dons de Deus. 
Observar que os frutos são sempre equivalentes aos dons, ou seja, cinco/cinco, dois/dois. A obra é completa, perfeita em Deus, aquele que cumpre fielmente sua porção, não fica em falta.

18. Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.

Considerando: Esse não usou o dom e quando não se usa o dom, é o mesmo que deixar somente dentro de si, e não permitir que o dom se manifeste. O homem foi feito do pó da terra e o dom ficou enterrado na terra, no homem.

19. E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles. 

Considerando: O Senhor veio buscar e julgar cada um pelo que realizou pelos dons que receberam. O que cada qual fez com os dons são os frutos, são as obras da fé.

20. Então aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles.
21. E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. 
22. E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles granjeei outros dois talentos. 
23. Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.  

Considerando: Os filhos de Deus que produziram frutos através dos dons receberam galardão. Só o fato de ser filho de Deus já é dom de Deus e todo aquele que é filho de Deus e que tem o Espírito Santo dá frutos.

24. Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste;
25. E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. 

Considerando: Este, que recebeu o dom do Espírito Santo escondeu em si mesmo, dentro do corpo da carne, na terra, não permitindo que a glória de Deus fosse manifestada através dele, não deu testemunho da vida de Deus nele, não deu graças a Deus diante das pessoas e o mundo das maravilhas de Deus pelo dom da vida, com isso, não deu frutos. 
As palavras da parábola, mostram esse que enterrou o dom, entender Deus como um homem duro, legalista e violento, não um Deus de amor e misericórdia, significando que não conheceu a Deus verdadeiramente. 
Essa condição é própria daqueles que conheceram Deus pela Lei da Velha Aliança e jamais conheceram a Deus pela Graça da Nova Aliança. 

Revelação: Todos aqueles que nasceram e cresceram conhecendo a Lei de Moisés, pela descendência de Abraão, possuem em si o Deus de Abraão, a semente de Abraão está neles, e conhecem a Deus pela letra da Lei de Moisés e os Profetas. Entretanto, somente poderão conhecer a Deus, verdadeiramente, se deixarem a Lei de Moisés com entendimento carnal, passando para o entendimento espiritual da mesma Lei. Disso, vem que, a Lei de Moisés é espiritual, conforme ensina o apóstolo Paulo em Romanos 7:14 "Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado", significando que, aqueles que possuem o conhecimento da Lei possuem a semente de Abraão e somente por essa semente não poderão ser salvos e aqueles que realmente são filhos de Abraão creram e crerão no Messias e, os demais, são filhos do diabo. Disso decorre do Messias não ter sido reconhecido e nem aceito por esses que conheciam e conhecem a Lei de Moisés e os Profetas, mesmo sendo eles da semente de Abraão. 

Evangelho de João, capítulo 8, diz: 
"36. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. 
37. Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não entra em vós. 
38. Eu falo do que vi junto de meu Pai, e vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai. 
39. Responderam, e disseram-lhe: Nosso pai é Abraão. Jesus disse-lhes: Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão. 
40. Mas agora procurais matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus tem ouvido; Abraão não fez isto. 
41. Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe, pois: Nós não somos nascidos de prostituição; temos um Pai, que é Deus. 
42. Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. 
43. Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra. 
44. Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. 
45. Mas, porque vos digo a verdade, não me credes. 
46. Quem dentre vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes? 
47. Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso vós não as escutais, porque não sois de Deus. 
48. Responderam, pois, os judeus, e disseram-lhe: Não dizemos nós bem que és samaritano, e que tens demônio? 
49. Jesus respondeu: Eu não tenho demônio, antes honro a meu Pai, e vós me desonrais." (destaques meus)

A fé é um dom de Deus. 
Aqueles que tiveram descendência de Abraão, conforme diz o Senhor Jesus no texto acima (João 8:36-49), fazem as obras do pai Abraão e, as obras do pai Abraão são feitas por fé. Por isso Abraão é pai da fé, segundo as Escrituras. 
Aqueles que são verdadeiramente filhos de Abraão, o pai da fé, creram e crerão no Messias, entretanto, aqueles que não são filhos de Abraão, mas filhos do diabo, não creram e jamais crerão no Messias enviado. 

O próprio pai Abraão creu naquele que viria, o Messias, e sua descendência também fez e faz o mesmo, por fé, o dom de Deus. (ver Carta aos Romanos, capítulo 4) 

Somente há salvação da alma pela Nova Aliança da Graça e não pela Antiga Aliança da Lei de Moisés. 
Na Nova Aliança da Graça, pelo dom de Deus, o Espírito Santo, a Lei de Moisés passa para a novidade da interpretação revelada, trazendo à luz a vida e manifestação das verdades espirituais eternas, ocultas em mistérios. Essa vida pelo Espírito Santo ocorre com o verdadeiro novo nascimento. 
O novo nascimento é real, é o nascimento pelo Espírito Santo de Deus, o dom de Deus, a vida de Deus, quando o nascido de novo passa das trevas de Satanás para a luz da glória de Deus. 
Atos dos Apóstolos 26:18, diz: "Para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a Deus; a fim de que recebam a remissão de pecados, e herança entre os que são santificados pela fé em mim." 
Efésios 5:18, diz: "Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz". 

26. Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? 
27. Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros. 
28. Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos. 

Considerando: Aqui o Senhor está dizendo que, se não usou o dom, deveria ter entregado no banco. O banco é o Corpo de Cristo, a Igreja do Senhor Jesus Cristo (sentido figurado) onde estão depositados todos os tesouros de Deus. 
O dinheiro (dom) deveria ser entregue aos banqueiros (aqueles que trabalham no banco - que administram pelos e os dons de Deus). 
Tesouros de Deus não são bens materiais e muito menos dinheiro. 
Tesouros de Deus são as almas, os dons, o poder, e tantas outras maravilhas das verdades eternas ocultas em Deus. 
No versículo 28 o Senhor ordena que alguém tire o talento, e dê ao que tem os dez talentos. Entende-se que, o Senhor mandou alguém tirar o dom do servo inútil, alguém que tem poder para realizar tal obra.

29. Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado. 
30. Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes. 

Considerando: Sobre isso, diz ainda o Evangelho de Mateus, capítulo 22: 
"9. Ide, pois, às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que encontrardes. 
10. E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados. 
11. E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste de núpcias. 
12. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu. 
13. Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes. 
14. Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos. 
15. Então, retirando-se os fariseus, consultaram entre si como o surpreenderiam nalguma palavra;"

31. E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; 
32. E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; 
33. E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. 

Considerando: O versículo 32 faz referência à Parábola das Redes Cheias de Peixes no Evangelho de Mateus, capítulo 13, que diz: 
"47. Igualmente o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda a qualidade de peixes. 
48. E, estando cheia, a puxam para a praia; e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora. 
49. Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos, e separarão os maus de entre os justos, 
50. E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes."

34. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; 
35. Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;"

Finalizando:

Jamais podemos afirmar que, se aceitou Jesus já está salvo, não pode perder a salvação ou, como dizem: "uma vez salvo, salvo para sempre".

Para tentar justificar a frase "uma vez salvo, salvo para sempre", alegam que a salvação não é por obras mas, somente por causa da escolha de Deus na sua soberana vontade.

Certamente que, a salvação não é por obras, da Lei de Moisés, mas pela Lei do Amor, da Graça. 
Quem tem o Espírito Santo de Deus não consegue viver sem realizar as obras de Deus enquanto estiver neste mundo. 
O Espírito de Deus na pessoa move para as obras da fé, Deus se manifesta através da pessoa, o dom de Deus não fica enterrado e sem obras.

Confundem, ainda, o momento em que a pessoa entra pela porta da salvação, Jesus Cristo, e o que ela faz dentro do Caminho para a salvação. 
Muitos são chamados e até entram pela porta, entretanto, no Caminho, cometem iniquidades e anulam a salvação.

Evangelho de Mateus, capítulo 7, diz: 
"15. Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. 
16. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? 
17. Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. 
18. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. 
19. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. 
20. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. 
21. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. 
22. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demónios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? 
23. E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. 
24. Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; 
25. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. 
26. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; 
27. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda. 
28. E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina; Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas. (destaques meus)"

De modo que, a maioria que prega que a salvação não é por obras (sem compreender o real sentido da frase na Palavra de Deus), e ainda, para agravar, vive e faz outros viverem pela doutrina do dízimo e guarda do sábado, que são obras da Lei de Moisés e, se é por essa doutrina que acreditam, o dom da vida ainda não foi manifestado, mesmo falando de Cristo e usando a Palavra de Deus. 
As doutrinas baseadas na Lei de Moisés, pela interpretação e prática pela letra, pelo modo natural, de carnal compreensão, sem interpretação revelada, não é doutrina da fé (graça), mas da Lei.

Quando há mistura da Lei de Moisés e Graça de Cristo, a Palavra de Deus condena, conforme ensina o apóstolo Paulo, como se esses que tais coisas praticam quisessem, como uma esposa, viver com dois maridos. Por causa do adultério espiritual, há prostituição da Palavra de Deus, um povo quer viver com dois maridos, ou seja, Cristo e a Lei de Moisés (aqui podemos incluir as coisas do mundo). 
Ocorrendo adultério espiritual, consequentemente há prostituição da Palavra de Deus, há corrupção do espírito e toda sorte de coisa ruim. 
Carta aos Romanos, capítulo 7, diz: 
"1. Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive? 
2. Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido. 
3. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se for de outro marido. 
4. Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus." (destaques meus)

Vivendo pelas doutrinas do dízimo e guarda do sábado, entre outras, da Lei de Moisés, estão espiritualmente mortos. 
A fé ainda não foi manifestada, o dom de Deus não foi manifestado, está enterrado na terra e as manifestações que ocorrem são como fogo estranho, que pela Lei de Moisés anulam a graça de Deus Pai em Jesus Cristo.

O caminho da fé em Cristo, diz: 
"Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me." (Mateus 16:24)

Leitura Complementar:

Sergio Luiz Brandão

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